UNIVERSIDADE PÚBLICA E EMANCIPAÇÃO DE CLASSES: desafios relacionados ao capitalismo dependente e as perspectivas à luz das Políticas de Ações Afirmativas
Palavras-chave:
Universidade Pública, Emancipação de classe, Políticas de Ações Afirmativas, Lei de CotasResumo
Este artigo apresenta uma análise sobre como as universidades brasileiras podem contribuir para desenvolvimento autônomo do país e para redução das desigualdades de classes sociais, tomando como referência para o processo de emancipação, a política de ações afirmativas. Deste modo, o texto focaliza a temática em estudo a partir da contextualização histórica que envolve a formação do capitalismo no Brasil e a constituição da relação de dependência com os países considerados centrais. Apresenta-se também o modelo de universitário adotado no Brasil e como seu processo de constituição pode ter contribuído para manutenção dos privilégios das classes historicamente dominantes no país e em contraponto é discutido o papel da universidade pública enquanto sujeito que pode contribuir para desenvolvimento autônomo do país e para redução das desigualdades de classes sociais, tomando como referência para o processo de emancipação, a política de ações afirmativas na modalidade da Lei de Cotas, sancionada pela Lei 12.711/2012. Pode-se concluir que a Lei de Cotas tem importância significativa no aumento do acesso ao ensino superior público no Brasil de alunos oriundos de escolas públicas, de grupos historicamente excluídos desta etapa da educação. Assim as universidades desempenham a função de agente responsável pela emancipação de classes e que colabora para a redução das desigualdades sociais e, por fim, contribuam significativamente para o desenvolvimento autônomo do país.
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