A “TRANSIVERSIDADE” E A CONSTRUÇÃO DO COLETIVO “UNETRANS+” NA UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

Autores

Palavras-chave:

Pessoas trans, Acesso, Universidade

Resumo

A política de cotas para inclusão de pessoas travestis, transgênero e transexuais nas universidades deve ser observada como um mecanismo de combate às desigualdades, promovendo a equidade no ensino superior. A Universidade do Estado da Bahia – UNEB adota essa política de cotas para ingresso nos seus cursos por. Todavia, promover o ingresso dessas pessoas na Universidade não é garantir a sua permanência. Muitas barreiras ainda precisam ser rompidas. Desse modo, o objetivo geral deste artigo é fazer uma reflexão crítica sobre o acesso das pessoas LBGTQIAPN+ às universidades, com o propósito de abordar questões que podem ser objeto de melhoria para propiciar não só o acesso, mas também a permanência. Por meio de uma pesquisa de cunho bibliográfico, mas que também envolveu a observação e a análise de informações fornecidas pelo Coletivo Unetrans+, concluímos que o implemento das cotas para transexuais, travestis e transgêneros é um caminho para a equidade social na educação superior, assim como busca o combate contra o preconceito estrutural e a exclusão social. Além disso, a experiência da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) em adotar cotas para essa população demonstra um avanço significativo referente a diversidade, que propicia o reconhecimento das identidades trans dentro da sociedade. É importante que as universidades apoiem a criação de coletivos, a exemplo do Coletivo Unetrans+, pois são eles importantes aliados na luta pelo acesso às universidades e mais do que isso, na luta pela permanência das pessoas no mundo universitário. O ambiente acadêmico precisa ser plural e acolhedor.

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Biografia do Autor

Miguel Arthur Teixeira Oton, Universidade do Estado da Bahia

Bacharelando em Direito pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Representante dos Estudantes Cotistas do DCHT XX/Brumado, Membro do Laboratório de Estudos sobre Educação, Direito e Diversidade (LEED) no DCHT XX/Brumado.

Tamara de Matos Guerra, Universidade do Estado da Bahia

Bacharelanda em Direito pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Facilitadora em Círculos de Construção de Paz pelo Núcleo de Justiça Restaurativa de 2º Grau do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJBA), estagiária do Ministério Público/BA.

Natiele de Lima Silva, Southwest Bahia State University

Graduanda do curso de Direito pela Universidade do Estado da Bahia. Associada à RDL. Integrante do Laboratório de Pesquisa em Filosofia, Direito e Audiovisual, LAPEFIDA, UNEB. Integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Prisões, Violência e Direitos Humanos, NEPP, UESB.

Glenda Felix Oliveira, Universidade do Estado da Bahia

Doutora e mestre em Memória, Linguagem e Sociedade pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Advogada, Mediadora Judicial, professora substituta da Universidade do Estado da Bahia, professora da UNINASSAU e FASAVIC.

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Publicado

2024-12-20

Como Citar

MIGUEL ARTHUR TEIXEIRA OTON; TAMARA DE MATOS GUERRA; NATIELE DE LIMA SILVA; GLENDA FELIX OLIVEIRA. A “TRANSIVERSIDADE” E A CONSTRUÇÃO DO COLETIVO “UNETRANS+” NA UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA. Seminário Nacional e Seminário Internacional Políticas Públicas, Gestão e Práxis Educacional, [S. l.], v. 1, p. 1191–1206, 2024. Disponível em: http://anais2.uesb.br/index.php/semgepraxis/article/view/1823. Acesso em: 15 maio. 2025.