A IMPORTÂNCIA DO LETRAMENTO RACIAL NO PROCESSO EDUCACIONAL: a emancipação para a superação do racismo
Palavras-chave:
Emancipação, Racismo, SociedadeResumo
O presente artigo propõe a reflexão sobre o trabalho do letramento racial e o processo de emancipação do povo negro para politizar e conscientizar acerca dos direitos sancionados por lei, movimentos que buscam organizar a sociedade anos após a abolição da escravatura, um processo que violentou, ceifou e segregou os corpos negros do convívio social, ainda com fortes efeitos na atualidade. Desde o final do século XX, o Movimento Negro Unificado (MNU) tem batalhado através de potências antirracistas para que o povo negro alcance a igualdade no respeito e no acesso a melhores condições de vida. A presente pesquisa sustenta-se através das discussões sobre o pacto de biopoder e o racismo estrutural que motivam corriqueiramente intelectuais negros a levantarem a pauta do letramento para a emancipação, chegando à efetivação das políticas de ações afirmativas, a exemplo da Lei nº 10.639/03. Para o debate das discussões pretendidas, importantes intelectuais são mencionados, sendo os principais: bell hooks (2017), sobre as práticas educacionais; Neusa Santos Souza (2021), sobre o letramento racial; Nilma Lino Gomes (2017), sobre o MNU; Silvio Almeida (2019) sobre racismo estrutural; Sueli Carneiro (2011) sobre a identificação de agentes provocadores da desigualdade racial.
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Referências
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