LABcorpoÉTICO: acolhendo carências na formação de educadores e colhendo afecções
Palavras-chave:
Corpografia, Performance, LABcorpoÉTICOResumo
Este estudo parte de uma dissertação de mestrado que objetiva discutir as maneiras que o laboratório
performático, LABcorpoÉTICO: educação como inventividade, pode contribuir na potencialização das
subjetivações de estudantes do curso de Pedagogia e outras licenciaturas da UESB, campus JequiéBA. A pesquisa apoia-se na abordagem pós-qualitativa cuja perspectiva ontológica se afirma como
constructo ao ato de pensar (Deleuze; Guattari, 2009) e como campo de afecções e percepções,
artísticas e científicas. A metodologia inspira-se na sóciopoética (Adad; Viana, 2020; Gauthier, 2015),
na cartografia (Hur, 2020; Passos; Kastrup; Escócia, 2020), na artografia (Irwin, 2019) e no
esquizodrama (Hur, 2020), catalisado na produção de um método autoral em busca de uma corpografia
plural em educação. Foram realizados encontros presenciais mapeando os sentidos produzidos pelos
participantes acerca do corpo como arte na educação e na vida. As discussões aqui produzidas estão
ancoradas em um híbrido teórico resultante de afecções e capturas desencadeadas através de diferentes
intercessores, com destaque para Deleuze, Evaristo, Foucault, Guattari, Gallo, Mello, Nietzsche e
Quijano. O LABcorpoÉTICO permite ao grupo estar imerso em processos artísticos tendo a
centralidade no corpo como meio de criação e espaço potente para processos de singularização na
atuação docente e na ressignificação da escrita de si, em movimentos autopoiéticos, uma vez que este
estudo sugere que a formação de educadores carece de uma abordagem artística e performática que
auxilie gradualmente desmontar as engrenagens da docilização do poder disciplinar nos corpos de
profissionais da educação como devir-educador(a) singularizador
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