PRÁTICAS DE ESCREVIVÊNCIA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS ADULTOS
Palavras-chave:
(De)colonialidades, Escrevivência, Escrita e oralidadeResumo
Este trabalho é parte de uma pesquisa que analisa as percepções dos estudantes da Educação de Jovens
Adultos (EJA) do Colégio Estadual de Jequié a respeito das práticas de Escrevivência. Estas práticas
ampliam as vozes dos estudantes no espaço escolar e contribuem para desenvolver estratégias
discursivas autorais. Transcrevendo seus modos de pensar e ver o mundo, para resistir aos processos de
opressão colonial das populações Étnico-Raciais, evidenciando sua existência perante a si e a sociedade.
Trata-se de um estudo qualitativo, uma etnopesquisa crítica/formação. Para a coleta de informações
sobre a relação dos alunos com a prática da escrita e da leitura, utilizou-se os seguintes instrumentos:
observação, gravação de áudio e a realização da Oficina de Escrevivência: Os Banzos da vida. A análise
dos dados foi pautada num referencial teórico que discute as narrativas com base numa epistemologia
(de)colonial e sua relação com produções orais e escritas, a saber: Evaristo Conceição (2020a/b); Paulo
Freire (2017); Eduardo O. Miranda (2020); Sodré (2019); Lélia Gonzales (1984); e Macedo (2006). Os
resultados da pesquisa indicam que a Oficina de Escrevivências enriqueceu as discussões em sala de
aula abordando temas como memória, oralidade, história e tempo, dando voz aos estudantes como
também, demonstraram que que o contato com as Escrevivências de Evaristo, por meio da Oficina,
valorizou as vivências dos alunos e podem contribuir para práticas educacionais mais inclusivas na EJA
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