FORMAÇÃO DAS AUXILIARES DE CLASSE DA EDUCAÇÃO INFANTIL: perspectiva do/sobre o “não lugar” profissional
Palavras-chave:
Auxiliares de classe, Formação, “Não Lugar” profissionalResumo
Este artigo objetiva analisar o “não lugar” profissional das auxiliares de classe, considerando os aspectos
formativos. No âmbito da Educação Infantil o cuidar e o educar constitui um binômio indissociável, não
sendo possível a realização de um sem considerar o outro. A Educação Infantil é a primeira etapa da
Educação Básica, portanto, como definido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB)
é o professor o responsável pelo trabalho no contexto da sala de aula, este se constitui o lugar profissional
dele. Entretanto nas instituições para atendimento da infância tem surgido uma outra função que é a de
auxiliar e classe, fato este que culminou na constituição de um “não lugar” profissional. Este estudo está
inserido no âmbito das pesquisas qualitativas, e teve os dados produzidos a partir da narrativa de sete
auxiliares de classe que atuam em dois municípios baianos. A sala de aula é o lugar profissional do
professor, de maneira mais específica, para a educação infantil, do Pedagogo, e ele é o profissional
habilitado para atuar nesta etapa. Atrelado a questão do lugar profissional temos ainda a questão da
formação exigida para ser auxiliar, pois não há uma formação específica para a realização de tal função,
então, tem-se exigido a formação do professor em nível médio, que é o curso de magistério, já extinto.
Diante do exposto, não há, neste momento, a possibilidade de considerarmos algum lugar profissional
para essas trabalhadoras, tendo em vista que não há formação específica para os auxiliares de classe.
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