A PROCRIAÇÃO COMO TRABALHO PRODUTIVO FEMININO

Autores

Palavras-chave:

Procriação, Trabalho, Feminino

Resumo

Este artigo, de cunho bibliográfico, tem como objetivo problematizar a procriação
humana como um trabalho ao abordar a sua relação com a sobrevivência da
espécie, com a complexificação social, o surgimento do Estado e a acumulação de
capital. Compreendemos que, embora a procriação seja essencial para manter a
espécie humana, essa atividade é frequentemente desvalorizada, ignorada e
marginalizada como tema relevante da nossa sociedade. Nossa análise está
fundamentada na filósofa Hannah Arendt que destaca o papel do trabalho na
manutenção da vida e na reprodução da força de trabalho. Ao longo do texto, são
discutidos aspectos históricos, sociais e econômicos da procriação, desde as
sociedades originárias até a contemporaneidade. Como resultado, destacamos a
mudança na percepção da procriação ao longo do tempo, com a transição de
sociedades igualitárias para sociedades de classes, onde a procriação passou a ser
instrumentalizada para o acumulo de capital. Abordamos a subordinação das
mulheres no contexto da procriação, com destaque para o controle de seus corpos.
Como conclusão, ressaltamos a importância de reconhecer e valorizar o trabalho de
procriação, bem como de combater as desigualdades de gênero e as formas de
opressão que afetam as mulheres nesse contexto.

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Biografia do Autor

Adenaide Amorim Lima, Universidade Federal de Santa Maria

Doutoranda em Filosofia na Universidade de Santa Maria
(PPGF/UFSM); Mestre em Educação pela Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia (PPGED/UESB); Licenciada
em Pedagogia e Filosofia.

Lisiane da Silva Zuchetto, Universidade Federal de Santa Maria

Doutoranda em filosofia na Universidade Federal de Santa
Maria – UFSM. Mestra em Direito pela Universidade de Passo
Fundo – UPF. Pesquisa sobre igualdade relacional e
estereótipos.

Referências

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Publicado

2024-12-20

Como Citar

ADENAIDE AMORIM LIMA; LISIANE DA SILVA ZUCHETTO. A PROCRIAÇÃO COMO TRABALHO PRODUTIVO FEMININO. Seminário Nacional e Seminário Internacional Políticas Públicas, Gestão e Práxis Educacional, [S. l.], v. 1, p. 5033–5046, 2024. Disponível em: http://anais2.uesb.br/index.php/semgepraxis/article/view/2219. Acesso em: 15 maio. 2025.

Edição

Seção

SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO, FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO