BULLYING ESCOLAR: práticas de agressão, assédio e intimidação na interface educação, direitos humanos e saúde pública

Resumo

O objetivo deste estudo foi abordar o fenômeno do bullying escolar como um problema na interface com a saúde pública e os direitos humanos, destacando sua prevalência global e suas graves consequências para vítimas, agressores e espectadores. Utilizando uma abordagem quantiqualitativa, a pesquisa utilizou um questionário como dispositivo para a coleta de informações. Foram entrevistados 23 estudantes do 6° ano do Ensino Fundamental. A partir de uma analogia com os “três macacos da sabedoria”, ilustra como essa prática muitas vezes é ignorada, minimizada ou silenciada, o que contribui
para sua perpetuação. Apesar da complexidade do tema, ainda há falta de conhecimento e estratégias pedagógicas para lidar com o problema. O bullying é definido como exposição sistemática a atos agressivos, ocorrendo em diversos ambientes escolares. Vítimas podem ser típicas, provocadoras ou agressoras, enquanto agressores exercem liderança por meio de violência física ou psicológica. Espectadores, muitas vezes por medo, não intervêm, agravando a situação. As consequências do bullying são severas, incluindo traumas físicos, psicológicos e até mesmo suicídio. O estudo revelou que quase metade dos estudantes entrevistados afirmam terem sido vítimas dessa prática recorrente, que se manifesta nas várias dependências da escola e no percurso casa/escola e vice-versa. Diante desses resultados, urge uma abordagem colaborativa e educativa para combater o bullying. É necessário promover uma cultura de paz, respeito e empatia no ambiente escolar, priorizando estratégias preventivas, visando garantir um lugar seguro e acolhedor para todos.