Corporeidade e Atravessamentos Étnicos: uma reflexão sobre o corpo como condutor de saberes e relações
Palavras-chave:
Corporeidade, Criação cênica, Relações étnicas.Resumo
Este artigo explora a noção de corporeidade baseada em Sodré (2021) como um fio condutor das relações entre ancestralidade, memória e criação no contexto das práticas comunitárias afro-brasileiras. A pesquisa objetiva analisar como a corporeidade, vista como um território de significados históricos e culturais, se manifesta nas interações familiares e na criação artística, especialmente no teatro. A metodologia adotada é qualitativa, fundamentada na escrevivência de Conceição Evaristo (2007) e na observação participante, com a coleta de dados realizada através dos processos de investigação na trajetória de minhas experiências. Os principais resultados indicam que o corpo é um veículo de transmissão de saberes e afetos, revelando-se como um texto coletivo que ressignifica experiências vividas em uma dimensão comunitária e ancestral. A conclusão aponta que o corpo, permeado por memórias e tradições, torna-se um agente ativo de resistência e pertencimento étnico. A corporeidade, assim, emerge como uma ponte entre passado e presente, reforçando a importância das práticas culturais no fortalecimento da identidade e suas relações.
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