CALENDÁRIO ESCOLAR: O ONTEM E O HOJE NA AFIRMAÇÃO DA MEMÓRIA E IDENTIDADE DA MULHER NEGRA BRASILEIRA

Resumo

No contexto educacional, os ensinamentos sempre priorizaram a história hegemônica imposta pelos colonizadores. Contudo, a contemporaneidade exige que a escola assume o papel indispensável e fundamental que lhe cabe na sociedade que é unir forças no combate às discriminações e consequentemente garantir a validação e emancipação dos grupos historicamente impactados pela hegemonia, principalmente mulheres negras, figuras indispensáveis na manutenção da memória ancestral. Para tanto,  trazemos nesse estudo a  demonstração de como o processo de afirmação identitária pode ser fortalecido, sustentado  com ações contra hegemônicas  como o Encontro de Mulheres Negras, realizada na Escola Municipal  Themístocles  Andrade, em Ilhéus, no Sul da Bahia, que utiliza a inserção do 25 de julho, o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra como data relevante no calendário escolar, oportunizando através do estudo da vida de mulheres negras e do diálogo presencial entre elas em rodas de conversas. Desse modo, garantem visibilidade para suas lutas e resistências em diferentes setores e territórios sociais, garantindo a intersecção entre o ontem e o hoje na construção de narrativas individuais e coletivas que salvaguarda e valida a memória ancestral negra.