DONA VALDA QUE NÃO PARA QUIETA: A ANCESTRALIDADE NO TEMPO PRESENTE, PASSADO E FUTURO

Resumo

O propósito deste relato de experiência é descrever todo o processo de pesquisa e escrita do Cordel sobre a história de vida de Dona Valda, minha Vó e, de como este momento nos fez refletir sobre muitas questões de sua infância, sua ancestralidade, e o reconhecimento enquanto Matriarca da família, a partir da perspectiva teórica de autores como Leda Maria Martins, Teresa Manjete, Edeise Gomes, entre outras. A primeira parte do título “Dona Valda que não para quieta” surgiu durante os dias de pesquisa e, devido estar inserida totalmente a sua rotina, percebi, ainda mais, que Dona Valda não sentava ou parava um momento para contar as suas histórias. Elas eram contadas ao varrer de um terreiro, ao mexer de uma panela ou uma costura de um retalho. Trago algumas reflexões acerca do distanciamento que ainda existe entre a universidade e a comunidade e de como isso pode impactar ou impedir que pessoas, como Dona Valda, pensem que suas histórias não sejam relevantes o suficiente para estarem inseridas neste âmbito.