EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA E PRIVILÉGIOS DA BRANQUITUDE NO CONTEXTO ESCOLAR
Palavras-chave:
relações étnico-raciais, privilégios da branquitude, educação antirracistaResumo
Este artigo é um recorte da pesquisa de doutorado, em andamento, intitulada “Narrativas de professores/as sobre branquitude e educação antirracista no currículo do novo ensino médio em um Colégio Público Estadual em Ilhéus – BA, que tem como objetivo investigar o que pensam/falam/dizem os/as interlocutores/as da pesquisa sobre privilégios da branquitude e o implementação da Lei n. 10.639/03, sobre Educação para as Relações Étnico-Raciais no currículo escolar, observando a formação do professor e de que modo essas questões são trabalhadas nas práticas pedagógicas e saberes docentes no contexto escolar. Nele, apresentamos uma discussão teórica sobre colonialismo, capitalismo, racismos e suas relações para a compreensão das relações étnico-raciais na sociedade brasileira que é historicamente marcada por desigualdades raciais e lutas de resistência étnicas. Além disso, tratamos de privilégios da branquitude e educação antirracista, considerando a escola como um espaço privilegiado para a desconstrução dos efeitos da colonialidade e promoção de mentalidades antirracistas. A pesquisa aponta, inicialmente, para a necessidade de estimular reflexões voltadas à desnaturalização do lugar ocupado pela diversidade étnico-racial na escola, a partir da valorização de saberes dissidentes e decoloniais, em contraponto com a perspectiva eurocêntrica de conhecimento, da colonização do poder, do ser e do saber.
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