EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS: REFLEXÕES DE UM CORPO (CÉREBRO) NEGRO E FEMININO NA EDUCAÇÃO SUPERIOR
Palavras-chave:
Antirracismo, Autoestima intelectual, Corpo negro, GêneroResumo
O objetivo desse trabalho foi discutir as relações étnico-raciais na educação superior, partindo do reflexo do corpo negro e feminino, da autora que vos escreve, “existindo” na educação superior, para discutir e tecer reflexões da autoestima intelectual desse corpo (cérebro) marcado, demarcado e atravessado pela cor e gênero. Ser interpelado num espaço que por muito tempo nem se quer considerou esse corpo (cérebro). E agora, como lidar com esse “corpo estranho” num espaço onde só cabia “padrão/modelo?”. A questão do gênero aparece de forma sucinta, mas não poderia deixar de ser mencionado, pois ser negra e mulher potencializa o estigma intelectual dado a esse grupo. A autocobrança para validar a presença de seu corpo nesse espaço, pode estar ligada a quem se é. Tecendo discussões da importância do educador antirracista no espaço acadêmico, que transgrida a educação com viés mercantil e que por muitas vezes, acaba idealizando um modelo de aluno gênio, pronto, preparado, sem margem para errar e aprender. Ser mulher e negra na academia pode gerar conflitos internos refletidos pelas expectativas externas desse corpo num espaço considerado “para poucos”. Ainda é preciso difundir dentro desses espaços, que o “espaço da intelectualidade” pode ser de todos. Precisamos criar espaço na “vida acadêmica”, onde ninguém questione se esse lugar é de fato o seu lugar. Onde o conhecimento é intermediado de forma respeitosa com a “subjetividade” do sujeito. Deixando de lado o modelo ideal de aluno e, construindo com os alunos uma educação cada vez mais democrática, plural, para além do mercado de trabalho, com uma identidade antirracista.
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Referências
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