VARIAÇÃO SAZONAL DE SERAPILHEIRA E NITROGÊNIO EM ÁREA DE CAATINGA MANEJADA

Resumo

A Caatinga, um ecossistema brasileiro conhecido por sua rica diversidade de espécies e características naturais, apresenta estações secas e chuvosas bem definidas. A quantidade de serapilheira nesse bioma pode ser alterada pelo manejo florestal. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi analisar as variações na biomassa e os teores de nitrogênio na serapilheira aportada e acumulada em áreas de Caatinga sujeitas a diferentes técnicas de manejo florestal, bem como compreender o impacto da sazonalidade. A pesquisa foi realizada em área de Caatinga arbórea na Floresta Nacional de Contendas do Sincorá (FLONA). A serapilheira depositada foi coletada por meio de 48 coletores distribuídos em quatro diferentes condições de manejo. Quanto à serapilheira acumulada no solo, foram realizadas quatro coletas ao longo do ano, sendo duas durante a estação seca e duas no período chuvoso. Para a análise dos teores de nitrogênio, as amostras foram moídas e a análise conduzida através do método de Kjeldahl. Os resultados revelaram que a maior média de serapilheira depositada ocorreu nos meses com baixa precipitação, assim como a quantidade total de serapilheira acumulada foi mais significativa durante a estação seca, independentemente das práticas de manejo florestal. No que diz respeito ao nitrogênio, observou-se um retorno mais acentuado desse nutriente para o solo durante o período de estiagem. Conclui-se que há influência da sazonalidade na produção de serapilheira, tanto depositada quanto acumulada.