A LEITURA COMO PRÁTICA SOCIAL: memórias do proler carcerário

Autores

Palavras-chave:

Educação, Proler Carcerário, Ressocialização

Resumo

Os projetos de incentivo à leitura desenvolvidos em presídios, a exemplo do PROLER carcerário, vêm atuar no sentido contrário aos modelos dominantes de ação e representação sobre os sujeitos privados de liberdade. Quando os apenados são libertos, encontram barreiras que de fato o impedem de reingressar na sociedade, uma vez que a oferta de empregos são escassas para essas pessoas, somando-se a isso o preconceito e a baixa escolaridade ou qualificação profissional que agrava o acesso dessas pessoas ao trabalho formal. Projetos como o PROLER Carcerário exigem reflexões no campo pedagógico e a adoção de metodologias de ensino adequados ao perfil dos sujeitos assistidos, situados à margem da sociedade, sobretudo, por ser o espaço prisional um ambiente para a reeducação e reinserção do apenado à sociedade. Tais projetos devem ser compreendidos como projetos educacionais, pois objetiva alcançar mudanças sociais a partir da educação como instrumento de transformação do ser humano.

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Biografia do Autor

Yago Almeida ARAÚJO, Southwest Bahia State University

Mestrando do programa de pós-graduação em memoria linguagem e sociedade da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB).

Elton Moreira QUADROS, Southwest Bahia State University

Atualmente é professor adjunto do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas - DFCH na área de Filosofia.  Professor do quadro permanente do PPG em Memória: Linguagem e Sociedade da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB).

Referências

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Publicado

2024-12-19

Como Citar

ARAÚJO, Yago Almeida; QUADROS, Elton Moreira. A LEITURA COMO PRÁTICA SOCIAL: memórias do proler carcerário. Semana de Pedagogia, [S. l.], p. 300–305, 2024. Disponível em: http://anais2.uesb.br/index.php/seped/article/view/2437. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

GT 6: Política Educacional e Gestão Escolar