A COMUNIDADE SURDA EM ESPAÇOS NÃO FORMAIS DE EDUCAÇÃO: uma análise no município de Vitória da Conquista

Resumo

A concepção pedagógica dos Espaços Não Formais de Educação (ENFE) está embasada no modelo de ensino e aprendizagem voltado para as experimentações, observações e senso crítico no que diz respeito aos diversos tipos de conhecimento, tanto empírico e científico. A pesquisa foi realizada no espaço da Central de Interpretação de Libras (CIL), um lugar de respeito pela diversidade, inclusão social e disseminação do conhecimento por meio da língua de sinais. O presente estudo analisa a educação inclusiva em espaços não formais de educação, na tentativa de compreender como é a comunicação em Libras no cotidiano daqueles que necessitam de atenção especial por alguma condição de surdez. Os resultados apontam que o cidadão surdo se manifesta, quanto à hegemonia de sua identidade, através da sua participação em eventos públicos que valorizam a sua cidadania e de todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem. Assim, no ENFE tal envolvimento dá-se por meio de oficinas itinerantes, instrumentalização da língua de sinais e a participação dos órgãos públicos na construção de uma sociedade inclusiva e participativa.